terça-feira, 31 de agosto de 2010

Minha Terra Pará


As eleições no Pará nunca foram tão esquizofrênicas. Uma verdadeira revoada de candidatos a deputados estaduais e federais e suas promessas com belos sorrisos é o que se vê estampado nas esquinas de ruas, em passeios públicos, paredes de casas e na TV. Todos, diga-se na verdade ou fora dela, interessados ou preocupados com a situação do nosso Estado. O Pará, segundo alguns, "está numa situação difícil", e mais promessa se faz - há soluções para todas as situações!

Inequivocamente, a maioria, é uma juntada de políticos que representam velhos interesses da política tradicional do nosso Estado, que se instalou aqui e acolá a partir do fim do regime militar.

São os mesmos algozes que ao longo de quase vinte anos vêm intensificando a devastação de florestas através da facilitação de derrubadas e queimadas, feitas por fazendeiros madeireiros, e que agora recebem o apoiamento financeiro-eleitoral.

Tucanos: bicos de moto-serra. Foram doze anos de muita floresta derrubada, de muitas queimadas criminosas e de nenhuma reprimenda pelos danos causados ao meio ambiente. Lembro quão difícil era respirar e enxergar nessa época do ano, tanta eram fumaça e fuligem soltas no céu noite e dia.

Simão Jatene. A falta de vergonha é ainda maior quando vejo este mesmo candidato dizendo que vai fazer escolas, sendo que no seu governo ele nem ao menos mandou reformar as que já existiam. E se tratando de maus tratos, com os trabalhadores da educação então... nem se fala mano! Os maiores atingidos foram nossos jovens - sem ocupação e sem incentivos para estudar ou mesmo ingressar no mercado de trabalho -.

No caso da segurança, o que dizer? Era a pior polícia do Norte do Brasil! Sem equipamentos; contingente muito reduzido; cadeias lotadas e desestruturadas; índices de violência altíssimos, principalmente contra o homem do campo e sindicalistas.

Na saúde a situação era ainda pior. Hospitais em péssimas condições estruturais; equipamentos com mais de trinta anos ou estavam quebrados ou não funcionavam como deveriam; as pessoas tinham que se submeter a tratamentos desumanos ou esperar a morte em casa (os idosos que o digam); funcionários mal remunerados e mal capacitados para executar suas funções; verbas desviadas, etc.

E isso nem era motivo de notícia na grande mídia paraense.

Ao longo de doze anos, muitos foram os casos de abuso de autoridade, de falcatruas envolvendo o alto escalão do desgoverno (de Almir a Jatene).

E agora, estes mesmos que saíram da política paraense a pontapés, querem voltar. Não dá gente! Tudo o que eles usam para acusar o governo de Ana Julia, teve causa nos governos deles.

O FHC deixou o Brasil na mão, mas o LULA consertou. O Pará estava sem rumo, mas com Ana Júlia tudo está mudando. É hora de colhermos as conquistas desta nova fase, onde o Pará cresce no ritmo do Brasil.

Eu sei como foi no passado e não tenho nenhuma saudade.

Eu voto Ana Julia, voto 13.

Contribuição do professor Valdiclei Baia

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