quinta-feira, 2 de setembro de 2010

PSDB não acredita em Jatene


Estratégia de campanha vai privilegiar apenas São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás, estados onde o partido crê em possíveis vitórias.

A edição da ISTOÉ desta semana traz reportagem sobre o desespero que assolou a campanha da José Serra na última semana motivado pela queda crescente que o tucano vem demonstrando nas pesquisas. A crescente queda, segundo a revista, deve-se à desastrosa campanha que o PSDB empreendeu desde o lançamento oficial da candidatura de Serra às eleições 2010, o que motivou a direção nacional do partido a privilegiar, a partir desta semana, investimentos em quatro estados: São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás.

O Pará, onde o PSDB indicou Simão Jatene para concorrer pelo partido nas eleições estaduais, não foi incluído dentre os estados a receberem mais esforço de campanha por parte do partido. Logo, conclui-se que nem o PSDB acredita na vitória de Jatene no estado. De acordo com a ISTOÉ, “a decisão de privilegiar os quatro Estados abriu uma crise entre os aliados”.

Desespero - "Diante da possibilidade real de Dilma Rousseff, a candidata do PT à presidência, resolver a eleição no primeiro turno, os integrantes da equipe de José Serra passaram os últimos dias tentando juntar os cacos de uma campanha que, até agora, se mostrou desastrosa". É assim que inicia a reportagem que a ISTOÉ traz na edição desta semana. O desespero que acometeu a campanha do presidenciável tucano após a divulgação das últimas pesquisas, que mostram Dilma liderando a corrida à presidência, tem levado o PSDB a reavaliar as estratégias adotadas até então pela equipe de Serra.

O texto arrola críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à campanha empreendida por Serra. Istoé diz que FHC, em conversa com importante dirigente tucano, teria afirmado que se faz necessária a abertura da campanha, desabafando que "Do jeito que está não dá mais". Pela reportagem da revista, aliados de Serra estariam cobrando mais participação na campanha e mudanças no programa de tevê para o horário eleitoral gratuito, onde Serra vem direcionando cada vez mais sua metralhadora giratória para Dilma Rousseff, bombardeios emitidos principalmente pelo vice de Serra, Índio da Costa.

A Istoé afirma, ainda, que reunião realizada no início da semana pela cúpula da campanha de Serra decidiu aumentar a intensidade dos ataques à Dilma, porém sem bater em Lula. "Estratégia digna de uma campanha totalmente sem rumo", diz a reportagem. "O Serra pirou de vez. Antes ele botou Lula no programa. Ele está na tática do time que está perdendo, do tudo ou do nada", disse o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, de acordo com a revista. A fragilidade da campanha de Serra foi noticiada inclusive pela imprensa internacional na última semana. O jornal inglês "Financial Times" publicou, segundo a Istoé, que a campanha tucana está "caótica" e "praticamente baseada nos avanças na área da saúde".

Por Redação ANN em 01/09/2010

Nenhum comentário: